Páginas

Para encontrar nossas fotos, relatórios, projetos, planos de aula e etc...

Pesquise aqui!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

FICHAMENTO - JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do Ensino no Teatro. Papirus, 6ª Ed.


FICHAMENTO DO TEXTO:
O fichamento abaixo foi realizado Capítulo 2 do livro METODOLOGIA DO ENSINO NO TEATRO, da página 69 à 93.
JAPIASSU, Ricardo. Metodologia do Ensino no Teatro. Papirus, 6ª Ed.
“Esta obra apresenta as raízes epistemológicas de algumas das principais abordagens brasileiras do teatro na educação e suas implicações pedagógicas, contextualizando-as no âmbito da obrigatoriedade do ensino de artes na educação básica nacional.” (paragrafo 1 do resumo do livro)
“A seguir, descrevo procedimentos operacionais adotados em escola da rede pública estadual de São Paulo, nos quais trabalhamos, sob minha responsabilidade, com a experiência de uma proposta metodológica para o ensino do teatro ancorada no sistema de jogos teatrais de Spolin.” (parágrafo 1 da página 69).
“As sessões de trabalho com os jogos teatrais podem ter a forma de aulas de educação artísticas (teatro), com duração equivalente a duas aulas “gêmeas” ou “siamesas” (consecutivas) de 50 minutos (Secretaria de Estado da Educação 1998), regularmente oferecidas a cada semana.”(linha 5 da página 69).
“As aulas, de acordo com o planejamento que será aqui exposto, foram estruturadas em torno das seguintes noções:” (linha 9 da página 69)
“QUE (ação no jogo teatral) ONDE (espaço ou lugar da ação no jogo teatral) QUEM (papéis no jogo teatral).” (linha 1da página 70).
“Essas noções compõe os princípios fundamentais para a instalação da realidade cênica, quer dizer, da realidade do signo teatral ou a existência propriamente dita do fenômeno teatral criado com base no jogo.” ( linha 4 da página 70)
“[...] O planejamento de cada sessão, como é possível verificar adiante, foi elaborado com clareza de propósitos e grande objetividade na formulação de procedimentos operacionais.” (linha 17 da página 70).
“As aulas de teatro ou sessões com jogos teatrais propostas aqui tendem a seguir uma determinada rotina, uma espécie de ritual:” (linha 1 da página 71).
“O círculo de discussão (ver figura 1) é o procedimento que inaugura cada sessão de trabalho com jogos teatrais. [...], apresentam-se os protocolos referentes }às sessões anteriores e discutem-se as descobertas realizadas pelo grupo com a prática dos jogos teatrais. [...] O círculo de discussão funciona também como uma espécie de preparação psicológica (concentração) para a “passagem” da realidade concreta à realidade cênica ou simbólica, além, é claro, de constituir um fórum privilegiado de reflexão sobre a práxis no/do grupo.” (linha 13 da página 71).
“[...], para garantir a palavra a cada um dos integrantes o grupo, particularmente aos mais tímidos, os depoimentos foram ordenados no sentido horário ou anti-horário [...]. Ao longo do trabalho, com a auto-regulação cada vez maior dos estudantes [...], paralelamente ao desenvolvimento de sua auto-estima e autoconfiança, a ordenação dos depoimentos é naturalmente suprimida e as enunciações dos alunos passam a ocorrer espontaneamente, [...].” (linha 22 da página 71).
“[...], quando é possível, solicita-se aos alunos que retirem os calçados, [...]. Os participantes devem sentar-se sempre em circulo, um ao lado do outro, todos em cadeiras ou todos no chão – o que inclui também o professor. [...].” (linha 8 da página 72).
“Em se tratando de crianças das séries iniciais, pode ocorrer que algumas delas disputem, a principio, ficar ao lado do professor no circulo. [...]. Essa situação pode ser superada quando o professor passa a se posicionar no grupo só após todos já estarem sentados escolhendo sempre uma posição diferente para se colocar na roda a cada vez; uma estratégia que se revelou eficaz e reduziu a ansiedade das crianças. [...]?” (parágrafo 1 da página 73).
“O importante é circunscrever a área física em que ele ocorrerá, delimitando-a com clareza.” (linha 24 da página 73).
“Esse espaço físico, delimitado a priori para o jogo, pode – e deve – variar ao longo das sessões [...]”. (linha 26 da página 73).
“[...] essa variação de localização da área de jogo tem por objetivo fortalecer a compreensão do caráter convencional (sígnico), arbitrário (por regras explícitas) e intencional (para observadores) da comunicação pela linguagem teatral.” (linha 5 da página 74).
“[...] Os protocolos são as coisas que o aluno quer dizer sobre o que vivenciou nas aulas de teatro. [...] A escolha dos responsáveis pela confecção do protocolo não é feita exclusivamente pelo professor. [...].” (parágrafo 2 do subtítulo PROTOCOLO DAS SESSÕES, página 74).
“O protocolo não precisa ser denominado exclusivamente de “protocolo”. É possível referir-se a ele como “jornal”, “lembrança”, “memória” ou ainda “história” das coisas que ocorreram na sessão de trabalho. [...], deve-se esclarecer aos alunos a importância desse instrumento para acompanhamento e avaliação do processo que será desenvolvido no grupo.” (linha 24 da página 74).
“A prática sistemática da confecção de protocolos das sessões de trabalho com jogos teatrais no Brasil foi inaugurada por Ingrid D. Koudela, com base em estudos dos procedimentos sinalizados por Bertold Brecht, no bojo de sua teoria da peça didática. [...]”. (linha 1 da página 76).
“[...], explica-se aos alunos que sua avaliação nas aulas de teatro será feita com base na frequência, na participação nas atividades propostas e na apresentação regular dos protocolos – que documentam as reflexões pessoais e coletivas do grupo. [...].” (linha 13 da página 76).
“Explica-se aos estudantes que podem utilizar colagens, desenhos, fotos, imagens, adesivos etc. na elaboração de seus protocolos. A correção, nas primeiras sessões, de eventuais erros ortográficos, poderá inibir a escrita criativa e interferir negativamente no desenvolvimento do trabalho com o grupo. Só após os participantes exercitarem-se no processo de auto-avaliação coletiva é oportuno efetuar as retificações e, sempre, com muita habilidade.” (linha 11, paragrafo 2 da página 77).
“Pede-se a cada aluno que arquive numa pasta as suas cópias dos protocolos das sessões de trabalho, organizando uma espécie de portfólio que, ao final do processo, constituirá prova, atestado e documento dos processos do aluno e do grupo no domínio e na fluência da linguagem teatral. [...], para exame e avaliação da qualidade do registro, da documentação e da organização de cada estudante.” (linha 18 da página 77, linha 1 da página 78).
“Ás crianças matriculadas na primeira série e que ainda estão sendo alfabetizadas, pede-se-lhes que procurem escrever o que for possível (uma letra a menos, [...]), além da produção de desenhos, colagens etc. [...] o desenho nos protocolos dessas crianças tem muitas vezes a função especifica de escrita pictográfica, quer dizer, cumpre o papel de marcação simbólica no auxilio à lembrança dos fatos ocorridos nas sessões. [...] Trata-se de observá-las como instrumento a serviço do registro simbólico de eventos  ocorridos em sala de aula, como substituto ou complemento da escrita, sem preocupação de aprofundamento das possibilidades de tratamento artístico da representação gráfica, pictórica ou tectônica – como deve ser no ensino das artes plásticas ou visuais.” (linha 6 da página 78).
“Costuma-se introduzir as atividades com a linguagem teatral por meio de jogos tradicionais infantis, nos quais é ressaltado algum aspecto original de teatralidade. A teatralização de jogos tradicionais infantis – desenvolvida inicialmente por Spolin (1975, 1992) no grupo de Neva Boyd, nas primeiras décadas do século XX, nos Estados Unidos – é uma área fértil para o trabalho com a linguagem teatral de caráter improvisacional, [...]. Trata-se de enfatizar, no desenvolvimento de atividades tradicionais infantis, alguns de seus aspectos originais de teatralidade. [...].” (linha 20 da página 78 e linha 1 da página 79).
“[...]. É necessário “cantar” as instruções reiteradamente durante o jogo, para lembrar os participantes de seus papéis.” (linha 19 da página 79).
“As primeiras adaptações de jogos tradicionais infantis brasileiros à estrutura do sistema de jogos teatrais de Viola Spolin foram desenvolvidas pelo grupo paulista de pesquisadores em teatro e educação, particularmente pelo grupo paulista de pesquisadores em teatro e educação, particularmente por Ingrid Koudela e Maria Lúcia Pupo, auxiliadas por seus alunos do curso de licenciatura em teatro da ECA/USP. Com base na experimentação e na investigação das possibilidades de uso da estrutura fundamental do sistema de jogos teatrais de Viola Spolin [...], foi possível chegar à formação de instruções precisas, que criavam oportunidade para engajamento dos jogadores numa atividade teatral espontânea e improvisada, baseada no jogo tradicional infantil.” (linha 21, página 79 e linha 1 da página 80).
“Tomando por base a moldura de regras explicitas dos jogos tradicionais infantis, enfatizada por Spolin, alguns pesquisadores brasileiros da dimensão pedagógica do teatro passaram a investigar a possibilidade de aproveitamento, por meio de instruções, daqueles aspectos originalmente teatrais de tais jogos.” (linha 3, página 80)
“[...], os jogos tradicionais infantis passaram a ser concebidos por mim não apenas como atividades de aquecimento físico ou direcionadas unicamente para o fortalecimento da noção de cooperação: a teatralização de jogos tradicionais infantis permite que a criança e o pré-adolescente experimentem diferentes papéis de maneira prazerosa e, além disso, possibilita o revezamento de todos os alunos em cada um dos papéis envolvidos nos jogos.” (linha 16, página 80).
“Os jogos teatrais são atividades pedagógicas para aquisição, leitura, domínio e fluência da comunicação por meio do teatro, de uma perspectiva improvisacional [...] os jogos teatrais constituem desafios [...] apresentando aos jogadores, na forma de jogos com regras (Spolin 1992).” (linha 23, página 80).
O foco ou ponto de concentração do jogador – Os problemas de atuação teatral propostos aos jogadores necessitam ser apesentados com clareza e objetividade [...]” (linha 1, página 81).
“A busca de soluções para o problema cênico colocado para o grupo deve ser necessariamente ativa, quer dizer, corporal, física, e não apenas intelectual, verbal. [...], se necessário, reativar a atenção de instruções [...]”. (linha 6, página 81).
“As instruções ou dicas durante o jogo -  Os jogadores não devem interromper suas ações na área de jogo durante as instruções ou dicas do professor[...]” (linha 14, página 81).
“O revezamento das equipes na área de jogo – As equipes se revezam no espaço físico delimitado arbitrariamente como área de jogo, na tentativa de buscar soluções cênicas [...]. A área de jogo pode ser qualquer espaço convencionado como tal. [...]. Quando uma equipe atua na área de jogo, os outros participantes do grupo a observar com atenção, acompanhando a solução cênica apresentada por seus componentes no desenvolvimento de suas ações.” (linha 20, página 81).
“O revezamento de equipes na área de jogo viabiliza o trabalho com a linguagem teatral em classes com grande número de alunos. [...].” (linha 28, página 81).
Avaliação imediatamente após apresentação das soluções cênicas experimentadas – O tempo para a apresentação das soluções encontradas pelas equipes varia de acordo com as tentativas de solução experimentadas por seus jogadores. Em seguida à apresentação de cada equipe, dá-se a avaliação das soluções encontradas por seus jogadores. [...].” (linha 1, página 82).
Sobre o fazer, a apreciação e a contextualização da comunicação teatral no sistema de jogos de Spolin – Contextualizar, [...], é “estabelecer relações”. [...] a contextualização pode ser de natureza histórica, social, psicológica etc. Trata-se de uma forma de conhecimento relativizada, que consiste na construção de significado por parte do observador da comunidade artística.” (linha 21, página 82).
“O sistema de jogos teatrais de Spolin oferece, [...], a possibilidade de desenvolver um ensino de teatro sobre esses três pilares [...].” (linha 24, página 82).
“Além das avaliações coletivas e auto-avaliações, que ocorrem imediatamente após a apresentação das soluções cênicas encontradas pelas equipes, quando for necessário, pode-se convocar o círculo de discussão [...]”. (linha 40, página 83).
“Perguntas devem ser formuladas pelo professor e lançadas ao grupo a fim de verificar a qualidade das respostas apresentadas pelos estudantes. [...]”. (linha 45, página 83).
“[...] o círculo de discussão permite a deliberação coletiva de normas de conduta e regras de comportamento socialmente desejadas no grupo. [...] Todo o processo de trabalho é desenvolvido para a consolidação ou internalização da noção de cooperação, fundamental para a prática de atividades sociais – com regras explícitas.” (linha 6, página 84).
“[...] verificação de aprendizado refere-se a tarefas concretas propostas ao estudante durante o processo pedagógico [...] a avaliação do aluno envolve tanto as verificações sistemáticas do aprendizado quanto a frequência e a qualidade da participação do estudante nas atividades desenvolvidas no processo de trabalho de grupo.” (linha 28, página 84).
“[...]. A recordação estimulada é um método de sondagem do pensamento do aluno, desenvolvido por Bloom[...].” (linha 5, página 85).
“[...]. O vídeo-registro é uma ferramenta poderosa para fornecer aos sujeitos uma visão descentrada de si mesmo, [...].” (linha 16, página 85).
“O vídeo-registro [...], deve cumprir prioritariamente uma função documental, sem preocupações de natureza estética no que se refere à produção audiovisual. [...]” (linha 22, página 85).
“[...] avaliar qualitativamente significa estabelecer uma reflexão critica constante sobre a prática [...]” (linha 13, página 86).
“[...]. Advertir o aluno que se recusa a tomar parte nas atividades na área de jogo, ameaçando-o com baixa pontuação no item qualidade de participação nas atividades propostas, não resolve o problema.[...], fatores de ordem emocional ou difusões biológicas interferem na disposição do estudante para o trabalho. [...]. Não se deve esquecer que o aluno também aprende observando os companheiros atuarem na área de jogo.” (linha 12, página 87).
“Com base na estrutura das atividades lúdicas regradas – que articulam as dimensões legislativa, executiva e judiciária -, desenvolveu-se o modelo pedagógico adotado como âncora desta proposta de ensino do teatro. [...].” (linha 9, página 88).
“[...], destacou-se, dentre os conceitos especificamente teatrais, o conceito de fiscalização [...]” (linha 22, página 88).
“A fiscalização requer capacidade de abstração. [...], é uma atividade que implica representação simbólica, constitui um reflexo de segundo grau ou de segunda ordem, [...].” (linha 1, página 89).
“[...]. Para os alunos, o trabalho com a fiscalização de objetos, lugares e papéis dentro do jogo teatral permite compreender melhor a dimensão representacional, simbólica, do fenômeno teatral.” ( linha 9, página 90).
“[...], devem-se evitar exposições verbais da significação de conceitos ou demonstrações corporais de como solucionar os problemas de atuação propostos.[...].” (linha 6, página 91).
“O trabalho pedagógico teatral com o conceito de fiscalização pode ser desenvolvido em qualquer ambiente escolar, até mesmo naqueles de extrema carência material [...].” (linha 13, página 91)
“[...]. O planejamento de atividades para uma aula muitas vezes não pode ser cumprido como desejamos.[...]”. (linha 6, página 92).
“[...]., torna-se fundamental respeitar o ritmo de aprendizagem dos alunos.” (linha 25, página 92).
“[...]. As aulas de teatro se desenvolveram paralela, ininterrupta e independentemente dessas atividades extraclasse de natureza teatral.” (linha 9, página 93).

2 comentários:

Daiane disse...

OI, MEU NOME É DAIANE E TAMBÉM SOU PIBID DA UECE NO CEARÁ. ESSE FICHAMENTO ESTÁ MARAVILHOSO, ME AJUDOU MUITO EM UM OUTRO TRABALHO DA FACULDADE NA DISCIPLINA DE ESTÁGIO

Unknown disse...

parabéns!!! muito bom