Bolsista: Marco Aurélio Calil
Data: 30/05/11
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura / Paul Zumthor; trads. Jerusa Pires Ferreira, Suely Fenerich. São Paulo: EDUC, 2000.
“Primeira: coloco-me do ponto de vista do leitor, mais do que da leitura, no sentido em que esta palavra designa abstratamente uma operação. O que eu questiono é o leitor lendo, operador da ação de ler.” (p.29)
Comentário:
Interessante essa análise da leitura por parte do autor, pois ele se utiliza do processo inverso, partindo primeiro de como o leitor perceberá aquilo que está lendo.
“Muitas culturas através do mundo codificaram os aspectos não verbais da performance e a promoveram abertamente como fonte de eficácia textual.” (p.35)
Comentário:
Não levando aqui em consideração as contribuições da performance em suas várias instâncias, mas analisando o fato da linguagem não verbal, podemos perceber mais uma vez que a comunicação pode ser feita sem necessariamente ter sido verbalizada, que a fala textual pode vir através de outras fontes, como corpo, expressões, olhares, sons e não somente da voz falada.
“A performance é então um momento da recepção: momento privilegiado, em que um enunciado é realmente recebido.” (p.59)
Comentário:
Acredito nessa idéia do autor, no sentindo em que quando assistimos a uma performance, alguma idéia chega ao espectador, talvez nem sempre aquilo que está proposto, mas no mínimo um estranhamento.
“Assistir a uma representação teatral emblematiza, assim, aquilo ao que tende – o que é potencialmente – todo ato de leitura.” (p.72)
Comentário:
Esse comentário tem muito haver com um comentário anterior, quando falo que a comunicação não necessariamente precisa ser verbal. E aqui mostra o fato de que a leitura, não necessariamente precisa ser de palavras, mas sim de gestos, olhares, expressões e etc.
“Nossos ‘sentidos’, na significação mais corporal da palavra, a visão, a audição, não são somente as ferramentas de registro, são órgãos de conhecimento.” (p.95)
Comentário:
Essa idéia é muito interessante, pois trabalha a importância dos nossos sentidos no processo de aprendizagem e como órgãos de conhecimento, não somente para você como para o outro.
“A imaginação, contrariamente ao ditado, não é louca; simplesmente, ela dês – razoa. Em vez de deduzir , do objeto com o qual de confronta, possíveis conseqüências, ela o faz trabalhar.” (p.124)
Comentário:
A imaginação nos transporta para outros lugares, lugares que talvez não existam e é pra lá que sempre buscamos ir. Por isso sempre estamos inventando novos objetivos, estamos fazendo novas leituras, estamos fazendo novos questionamentos.
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